quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A vasta estepe, um cavalo rápido e o vento em seus cabelos

Continuação de Só de passagem.

Elfa não pensava isso. Era de se esperar, dada toda a sua bagagem histórica, que remontam tempos tão distantes que nem ela mesma se lembrava. Por alguma razão ainda achava que se esconder dentro da própria mente era uma maneira rápida de descobrir quem ela era.

Vasta personalidade tal qual a estepe.

Para ela, o melhor na vida era sempre o que estava por vir. Afinal quando se é escravo em fuga, em Porto de Calim, cada raio de sol do raiar de um novo dia representa um sopro de vida mesmo nos corações mais mórbidos.
E seu coração, sem dúvida era único.

Era 50 a 50, como às vezes fazia nas apostas de jogos, na conhecida taverna Presa da Serpente, numa noite de jogos qualquer.
Sua estatura não era alta nem baixa. Suas orelhas não eram tão pontudas, como a dos verdadeiros elfos, e nem arredondadas como a dos humanos. Sua personalidade era como uma aposta, e ela tinha o fino costume de quase sempre ganhar, em um jogo onde normalmente ela apostava sua vida.
Sem saber... Sem poder... Sem porquês...

Na rapidez de um cavalo saudável...

Durante o dia, apesar da excitação de todo o movimento e rebuliço daquela infame cidade, Elfa somente observava. Era o seu momento de aluna. Sem um mestre para seguir, acabava que vários eram seus mestres. Desde os que pediam esmola até os mais requintados e esnobes figurões donos de palácios, e outras coisas na cidade.
Era um aprendizado sem elo nenhum, pois ela já matara vários de seus mestres.

Sempre em constante mudança, como o próprio vento.

Continua...

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